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Crítica Ambiental, qual é o nosso problema mesmo?

No momento a palavra da moda é Sustentabilidade, e muitas empresas, pessoas e até políticos dizem praticá-la; mas será que eles estão a par do que este conceito realmente significa? Duvido, muitas pessoas não sabem sequer que destino que têm seu lixo doméstico, quanto mais controlam de onde vêm e para onde vai tudo o que de alguma forma consomem.

Numa esfera mais ampla, podemos dizer que o mundo não é sustentável, na atualidade não temos o controle do ciclo de consumo que envolve nossas vidas e interfere no equilíbrio dinâmico da natureza, nosso lar. Nem mesmo a ciência está por dentro de todas as minúcias que envolvem o ciclo dos materiais e da vida, não há consenso, muitos esforços têm sido feitos para que se chegue à sustentabilidade, este conceito volátil, mas na minha opinião ainda temos uma longa longa caminhada, com muito aprendizado e acima de tudo sacrifício.

Convido você a ver duas opiniões bem distintas a respeito de um tema comum, a pressão que a vida humana têm feito sob nosso habit, o planeta terra. De antemão já digo que não acredito que poderemos viver e ocupar um espaço neste mundão sem interferir, ou seja, sem fazer parte do ciclo, sem ter peso sobre ele; o ideal é que tudo tenha seu devido lugar, simpatizo bastante com o conceito de lixo é alimento, do qual já fiz postagens anteriormente, veja!

Não Há Amanhã - There's No Tomorrow (2012)

Com forte crítica ao uso insustentável de combustíveis fósseis, o vídeo There's No Tomorrow tem uma "cara" científica e didática, pela exposição de vários dados, mas não cita suas fontes, o que o descaracteriza como tal. Além disso, é bastante pessimista, o que na verdade é a maior "arma" utilizada neste para torná-lo extremamente apelativo.

Uma das coisas que mais me chama a atenção, é o total descrédito em relação a todas as soluções levantadas por outrem aos problemas da utilização dos combustíveis fósseis, o dissertado é que nem a tecnologia nem a educação são capazes de resolver o caso, e não mostra qual seria uma possível solução. Vejamos portanto uma outra opinião.

Este vídeo, a algum tempo atrás, ganhou parte das redes sociais e também de alguns blogs, creio eu que pela forte quebra da "narrativa das questões climáticas padrão". Aqueles que tiveram a coragem de defender sua opinião favorável à do Professor Ricardo postaram, e também aqueles que tinham algo a dizer oposto, criticaram.

Ricardo Augusto Felicio no programa do Jô

Aquecimento Global "A FARSA" - Palestra Prof. USP

 

Outra coisa que pode ter feito a entrevista do Professor Ricardo no Programa do Jô um sucesso, é que ele tem certo talento para o humor irônico, o que gerou um bom papo com o Jô. Diferente da outra visão, o Professor fala com mais propriedade, apesar de em alguns casos escorregar feio nos conceitos (dizendo que o efeito estufa não existe, sendo que o efeito é de suma importância para a vida no planeta) e também supor que Dobson já sabia que em alguns momentos a camada de ozônio deixava de existir.

Além desses problemas na dissertação do Professor, esse "ar" de teoria da conspiração, dizendo que empresas que querem aumentar seus lucros sob este argumento, etc., descredita de alguma forma o que ele fala. Na minha opinião, o consumismo está aí, não há necessidade de empresas gastarem com cientistas para vender mais, existem várias outros métodos que têm efeito comprovado no aumento de vendas, como o apelo ao design e propaganda. Um outro ponto, é que equipamentos refrigerantes modernos são comprovadamente mais eficientes e econômicos, gastam menos energia e ao longo prazo custam menos ao consumidor.

Agora na minha opinião, o ponto chave a se ponderar, é o microclima nas cidades. Não adianta discutir tanto sobre algo que ninguém pode deliberar, e se tem um ponto em que nós concordamos, é de que ainda há muito o que se estudar, pesquisar e aprender; o clima global para nós ainda é um mistério, assim como grande parte das profundezas do oceano. Porém, muito já se sabe, e é claro, sobre as áreas que influenciamos mais diretamente, o local em que assentamos nossas casas, dispensamos nosso lixo e respiramos, é óbvio, há muito o que melhorar!

A respeito da palestra do Professor Ricardo, para você que teve interesse e paciência para assistir, já que ela dura mais de duas horas, posso dizer que ele tem o defeito de citar trechos muito específicos de documentos do IPCC, sem se preocupar com o contexto, parece até que ele tem uma rixa com esse pessoal, e ele combate apenas a visão do "aquecimento global", não traz nenhum detalhe em relação às mudanças mais localizadas. É um problema grave estas citações pontuais, me lembra inclusive de ateus ou outros que citam pedaços específicos da bíblia de acordo com suas conveniências, sem levar em conta o contexto geral.

Como conclusão, diria que a educação e tecnologia são sim a solução para a maioria de nossos problemas, elas estão estreitamente relacionadas; a tecnologia fez o homem parar de se deslocar para ter alimento, é responsável pelo controle do fogo e todas as coisas que dependem dele para serem feitas, muda processos que influenciam inclusive a motivação dos seres humanos. É muito poder para ser descartado, a educação então, é a base de tudo!

No meio de tudo isso, temos que focar no que realmente nos interessa! Viver bem e com conforto é algo bastante genérico. Qual é mesmo o nosso problema? As enchentes? As doenças urbanas? O trânsito engarrafado? As desigualdades sociais? Para tudo isso o conceito de sustentabilidade é útil, é bom fazermos uma lista de prioridades logo! Acredito que as mudanças devem vir de dentro para fora, o que devemos mudar, o futuro ou o presente?

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Assunto: Eco | Comentários(0) | Postado por André